quarta-feira, setembro 13, 2006

Está quase na hora...

Hoje o Sol preguiçou,
teimou,
e não brilhou.
O céu zangou-se
e vestiu-se novamente de cinzento.
As nuvens entristeceram-se
e começaram a chorar.
O vento arreliou-se
e sussurou-me ao ouvido direito,
pura cusquice,
seu maior defeito,
que as andorinhas estão a fazer as malas para fugir.

Sei agora que está a chegar o meu momento,
a minha hora de partir.
De montar novamente o meu cavalo alado
e voar ,
voar para o outro lado,
desse rumo já traçado,
na rota do firmamento.

Sei que é lá do outro lado,
do país a utupia,
que começo um novo dia,
uma nova realidade.
Mas passarei a fronteira,
voltarei sempre que queira,
sempre que me gritar a saudade.