domingo, setembro 29, 2013

Vou estar sempre contigo

Vou estar sempre contigo
Lá, no espaço branco e brilhante,
Onde as almas se encontram,
Onde as almas se abraçam e entrelaçam,
Onde comungam num tempo infinito,
Onde a luz ultrapassa a velocidade do prazer,
Onde os meus olhos sempre te conseguem ver,
Onde a essência reina e se enaltece, 
Onde nunca nada morre nem se entristece...



 E quando chamares por mim
De dia, de noite ou pela madrugada,
Estarei ao teu lado,
E caminharei também contigo nessa estrada, 
Onde o pecado não existe nem mora ao lado,
Onde o medo não tem ordem para entrar,
Onde cada alma já não tem segredos para desvendar,
Onde apenas se conjugam os verbos Ser e Amar,
Onde impera a liberdade  
Num secreto paraíso...
Vou estar sempre contigo...

 

sábado, setembro 28, 2013

Abraço

Quando um abraço...
é maior que o infinito...
e anula todo o teu tempo...
...então descobres a verdade...
 descobres quem realmente tu és!!!


quinta-feira, setembro 26, 2013

Milagre

Quem diz que os milagres não existem???




A fé consegue mesmo mover montanhas e grandes obstáculos

domingo, setembro 22, 2013

Transformaçõe

Afinal tudo passa...
Afinal tudo muda...
Afinal tudo se transforma!!!


E que seja para melhor!!!


segunda-feira, setembro 16, 2013

A Máscara caiu!

Hoje conheci-te. A máscara caiu. O Entrudo acabou. O folião despiu o fato. A minha mágica caixinha de música deixou de tocar, mas o meu coração não chorou. Apenas calma e estranhamente deixou a tristeza entrar.
Quando apareceste e me convidaste para entrar nesse baile de fantasia, senti-me honrada e desejada. Se o medo foi meu conselheiro, a Lua foi minha companheira. E rodopiei! Rodopiei tanto pelo salão que acabei por me perder, como alegre Columbina guiada por Arlequim. E deixei-me levar por essa louca dança, em que o nada é tudo e o tudo é oco.
Foi no meio da multidão que cegamente percorri o rasto das estrelas, procurando desvendar os mistérios do teu ser. Mas a minha caixinha mágica tocava tão alto, tão alto que não fazia mais nada senão dançar e rodopiar na confusão da folia.
Descobri-te, mais tarde, por entre máscaras e plumas,num canto mais escuro do salão. Os teus olhos doces miravam-me atrevidamente, através da máscara colorida que cobria o teu verdadeiro rosto. Corri então freneticamente na tua direcção, pois desejava ardentemente entregar-te a minha alma, só que... repentinamente, como um breve estalar de dedos, os teus olhos de mel escureceram e gelaram como trevas. E, de repente, já não eras o meu Arlequim. A música parou e a máscara caiu. E a praga de um temível feiticeiro transformou-te grotescamente num gigante. E, por artes mágicas, tu cresceste. Cresceste tanto que me reduziste à mais insignificante das criaturas e transformaste-me num mero corpúsculo de pó.
Agora já não posso ser a tua Columbina, nem tu podes ser o meu Arlequim.
Porque me ocultaste a verdadeira essência do teu ser? Porque me seduziste se era apenas para te rires de mim? Porque sempre o Entrudo apenas dura três dias?
Esta manhã vagueei ela cidade sem destino, tentando perceber o porquê desta estúpida  morte súbita. Do tudo e do nada. Do cheio e do vazio. Do princípio e do fim. Mas tudo estava fora do lugar, tudo estava desarrumado. Não encontrei os meus pensamentos, pois encontravam-se perdidos, ou talvez esquecidos algures num canto qualquer. Quis arrumar a minha vida, mas a coragem adormeceu, embalada pelo ruído  ensurdecedor das ruas da cidade. Limitei-me apenas a caminhar. Desta vez não senti os caracteristicos odores de ruas e ruelas, Não avistei sorrisos matinais. Não espalhei "bons dias", nem calquei a trote a calçada. Simplesmente limitei-me a caminhar ao sabor do nada.
Agora vou ter que te enterrar. Enterrar e partir. As forças da natureza comungam comigo nesta noite de inverno em pleno verão.
Adeus, até nunca..., ou até sempre!!!                                   
                                                                                             
                                                                                                       (12/07/2003)


 Este texto foi escrito por mim em 2003. 
As história mudam, mas o sentimento é o mesmo.
Vês como te compreendo, amiga?!

sábado, setembro 14, 2013

E se de repente...

E se de repente as luzes que te vestem e te ofuscam se apagassem...
E se no escuro, finalmente, os teus olhos se abrissem...
E na escuridão a tua visão se aperfeiçoasse...
E se os teus olhos pudessem melhor ver...
E se percebesses, que é no escuro que eles se abrem muito mais...
E se de repente, com mais clareza, o teu mundo pudesses ver...
E que o que observas é somente a tua verdadeira realidade...
E que tudo à tua volta nunca passou de uma fraude... 
Em que o mundo que te rodeia é que te ilude...
E que tudo em teu redor não passaram de mentiras...
Em que todos só te mentem e te enganam...

E se de repente percebesses que todo o tempo é composto por mentiras e enganos...
E que todas as pessoas apenas se sabem é rir de ti...
Da tua ingenuidade e do teu coração puro...
E se te dissessem que a pureza de coração não existe...
E que a bondade é somente uma ideia para os tolos...
E que os anjos não existem no teu mundo...
E que os "teus" anjos são demónios disfarçados...
E que são apenas lobos vestidos de pele de cordeiro...
E que passam os seus dias, divertindo-se, apenas zombando de ti...

E se de repente esses teus olhos reabertos, vissem com a clareza da noite...
Em que as sombras são seres reais e sempre tiveram vida própria... 
E que sempre te apagaram e te pisaram...
E que o Amor é uma  lenda e não existe...
E que somos todos seres egoístas, doentes e deprimidos...
E que fomos envelhecidos por um constante sofrimento...
Em que teimamos desafiar, numa limpeza sempre assídua...
E que essa limpeza nos afasta do espelho...
E que esse espelho apenas nos reflecte os nossos medos...
E que somos todos seres descontentes, a brincar ao faz-de-conta...
E que a forma humana foi esculpida por seres grotescos e repletos promiscuidade...
E que eles nos reduziram pura e simplesmente a marionetas...
E que sempre nos manipularam e maltrataram...

Então sentes-te atraiçoado(a) e enganado(a)...
Porque acreditaste que tinhas o poder de sempre amar e sem julgar...
De poder perdoar a todos os que a ti te rejeitaram, se afastaram e te ofenderam...
Os que te apontaram o dedo, te seduziram e partiram...
Porque acreditaste que eras feliz...

E se as luzes nunca se pudessem apagar...
E se...


 

 
 
 



sexta-feira, setembro 13, 2013

Procuro-me

Preciso encontrar-me, comigo própria.
Mergulhar num silêncio tão esperado.
Quando a noite já se encontra à minha porta,
Quando o sonho já não é mais encontrado.

Procuro na escuridão da minha estrada,
A via que lentamente me conduz.
Linha entre o meu ocaso e a madrugada,
Caminho que vai percorrendo a minha cruz.

E quando me dispo então deste meu corpo,
Com a idade de tantas vidas, já marcado,
Para que num salto a minha essência rodopie.

Quando esse sopro de vida jaz, quase morto,
Aguardo por esse silêncio abençoado,
Na esperança que nova vida se inície.